terça-feira, 25 de novembro de 2008

Frase fílmica

No Filme Olga: “Por você eu faço qualquer coisa, até renuncio a felicidade que sinto em ter você ao meu lado.” (Personagem Luís Carlos Prestes no filme) “Lutar pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo.” (Personagem Olga Benário)
jr

domingo, 23 de novembro de 2008

Sul tio

Tenho um amigo chamado André Vilas Boas, é daqueles cabra-machos do sertão que só fala a verdade. A última vez em que nos falamos, ele me disse que não sabia fazer poesia boa, eis abaixo a prova da desverdade.

sul tio

Com a pisada

penada da sorte

deu-se o remate.

Era com o zelo,

assim convicto

duma paz nata.

Secou sob o formol

de eras ante a espera

do dever vencido.

E a hora?

na lembrança

enterrado.

André Vilas Boas reside em Feira de Santana, onde cursa Letras com Espanhol pela Uefs, e trabalha como docente enseñando sus alumnos a aprender la cultura, literatura y lengua espánicas.
Imagem: Fonte: http://escuta-o-teu-coracao.blogspot.com/2007/01/de-partida.html

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Weekend noight

Weekend noight
(A Córdova) Weekend vem, weekend vai Amigos batem um call Os bares abertos logo ali... Querendo dizer alguma coisa E dizem... A noite me persegue com seus encantamentos E luzes e chuvas e ventos... O desejo vem e vai e vem e vai... Vem pra perto de mim, vem... O farol e o chuvisco brigam contra os pára-brisas
Uma garrafa de rum na mão e uma pedra olhando pra mim A noite promete, está só começando Mas eu não prometo nada
jr
(Imagem disponível no blog Floquinhos de Algodão: http://floquinhosdealgodao.blogspot.com/2008_08_01_archive.html) .

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Comunicação digital: a droga da vez?

Amigos, Para não perder a tradição no Palatus no qual se publicava em cada mês uma contribuição, segue uma crônica de um amigo, que nos faz refeltir sobre o uso dos meios digitais e as novas formas de relações humanas. Não se assustem com o tamanho, vale a pena ler.

Por Cristiano Uzêda Teixeira*

Como se comportaria a sociedade hoje sem alguns meios de comunicação como MSN, Orkut, Mp3, celulares? Fiz-me este questionamento depois de deparar-me falando sozinho e perceber que as pessoas às quais eu direcionava minha fala tinham suas atenções voltadas para uma tela de computador. Isso me fez notar que os meios de comunicação têm nos tornado cada vez mais indiferentes uns com os outros.

Lembro-me de uma república universitária movimentada, onde as discussões mais interessantes surgiam das ações mais simples. A interação era total. O tempo foi passando... um Mp3 ali, um Mp4 aqui, notebooks, internet. Esta última, sem dúvida, manipulou a atenção de todos. Já me parei a olhar todos calados, falando introspectivamente, rindo sei lá do quê... Mas, o pior de tudo é falar e ninguém perceber ou se quer olhar pra você. Isso sim é, no mínimo, desagradável - saber que fisicamente você está ali, bem perto de pessoas que convivem com você, mas, ao mesmo tempo, está sozinho, praticamente incomunicável. Saber, por exemplo, que é mais frustrante ficar sem internet a não conversar com quem se convive é, realmente, desolador. Ah, mas um dos poucos meios de roubar a atenção da tela do computador é através do toque do celular.

Por falar em celular, lembro-me, como se fosse hoje, do dia em que saí de casa para cursar faculdade; naquela época ganhei o primeiro celular. A idéia em adquirir tal aparelho foi diminuir o impacto causado pela distância com a saída de casa. Naquela época (há cinco anos) foi necessário, afinal estava no final da adolescência e iria morar sozinho em outra cidade. No entanto, me questiono hoje, se comprar um celular tem a mesma função que tinha há cinco anos, pois, apesar de facilitar e agilizar a comunicação, este também pode distanciar as pessoas fisicamente.

A idéia de falar sem olhar nos olhos e de não “ler” as expressões faciais ao se comunicar com alguém nunca me agradaram. Nunca se sabe, verdadeiramente, o que ocorre do outro “lado”. Quando se fala ao celular, somente a fala é captada e interpretada. Gestos, olhares e outros comportamentos não são captados e acabamos por nos acostumar com isso. Não andamos cem metros se tivermos como usar o celular. Ganhamos a praticidade de falar imediatamente à distância e, ao mesmo tempo, perdemos o contato físico e a interação presencial entre as pessoas.

Nos dois casos (o da internet e o do celular), a distância é a desculpa para não se aproximar do outro, digo, se aproximar fisicamente. No primeiro, não há necessidade de conversar, pois o outro está ali e pode-se conversar a qualquer momento, mais interessante mesmo é falar com quem está longe, com pessoas diferentes. No segundo, o problema é o percurso a ser feito, a tendência é ligar mesmo que não seja necessário, talvez para não gastar energia indo até a pessoa ou mesmo por preguiça. O resultado disso tudo é que deixamos de conhecer mais o outro e nos tornamos mais introspectivos e indiferentes.

Diante disso, percebo que devo voltar mais minha atenção ao mundo real e desligar-me mais dos msn’s, orkut’s (que por sinal nem sou tão ligado assim) e dos trabalhos em excesso que me prendem a este meio virtual, à medida que entendo estes mecanismos como manipuladores do meu modo de vida, como uma droga que precisa ser dosada para não causar dependência.


* Graduado em Geografia pela UEFS e especialista em Ciências Ambientais pela mesma instituição. E-mail: uzedavca@gmail.com.

Fonte da Imagem: http://ecomunicacao.wordpress.com/2007/11/19/o-impacto-da-revolucao-digital-nos-modos-da-comunicacao-empresarial-2/ Acesso: 13/11/2008.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Amor e cumplicidade

(CR)
Qual o risco há em se apaixonar? Por que a paixão nos tortura e nos afaga ao mesmo tempo? O que nos leva a escolher o outro e nos faz acreditar que este outro nos complemente em vários sentidos? O que nos falta que buscamos tanto na pessoa que amamos ou com quem estamos envolvidos?
É com essas perguntas que me ponho a refletir e concluo que jamais tenho respostas eloqüentes e convincentes. Talvez uma das mais ingênuas seja: é porque somos seres incompletos e, por essa razão, estamos buscando descobrir a nós mesmos e dar sentido a nossas vidas. Talvez ainda seja porque o ato de amar requer vontade, desejo de troca, arrepio de pele, pensamentos que nos desequilibram enquanto indivíduo, batidas descompassadas de corações, tremores das bases, que antes ainda pensávamos que fossem nossos alicerces inabaláveis.
Não dá pra julgar o amor aos olhos da razão, não dá pra descrevê-lo quando nunca vivenciamos tão puro sentimento, e ainda assim nossa descrição é rude e ineficiente, pois não contempla seu real significado. Não dá pra falar de amor quando os corações se fecham para o outro. Simplesmente não dá pra amar quando nós não estamos abertos pra nos dar uma chance para ser feliz e fazer do outro nosso projeto de felicidade recíproca. Sim, felicidade recíproca, porque não se é feliz sozinho no amor, muito menos se faz alguém feliz quando não se ama. Amar sozinho cansa e o amor se desmancha aos poucos, já que o outro não repõe a energia que se lhe dirige. Amor e cumplicidade podem sim nos levar à felicidade completa. Quem bem amar saberá disso!
(RC)
(Fotos: Doação de F. Vieira. Col. Poa,RS)