domingo, 28 de abril de 2013
«Le temps d’une aventure» humaine
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Impressões de um pedaço do mundo
Il y a beaucoup de temps que je n’écris rien ici. Je ne me sens pas coupable pour ça; au fond, ce blog est une espèce de cave. C’est un endroit où je peux exprimer mon bruit, mon silence ; enfin, c’est une manière de regarder le monde. Je ne sais pas dire quelle est sa réelle fonction. Peut-être, il n'a besoin de présenter, en fait, une fonction spécifique et vraie. C'est un blog, pas un journal, un hebdomadaire, etc. En effet, aujourd'hui, je viens ici pour écrire; pour parler, pour dire quelque chose un peux différente.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
jr
Foto: J. Ribeiro
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Entre Houaiss e ciganos: o que pode e o que deve essa língua?
sábado, 11 de junho de 2011
Amor sem I love you...
terça-feira, 17 de maio de 2011
Oh Deus da palavra bélica!
Oh Deus! Por que fizeste de nossas línguas o instrumento da inglória? É culpa tua, Deus, que as confundiste... que permitiste que houvesse tantas línguas quando os homens subiram a maldita torre da discórdia... Agora dá nisso, Deus: a palavra é bélica, por tua causa! Oh homem onipresente, por que não deixaste as coisas como estavam caminhando, subindo, andando, caminhando? Sentiste pena dos homens e meteste as palavras em suas bocas? Por que não deixaste o homem chegar aos céus com seus grunhidos? Oh Deus, só pode ser culpa tua! Eu tenho certeza que aqueles nossos ancestrais, aqueles pais de nossos pais, de nossos pais, de nossos pais que se comunicavam com uma língua só [a bela língua, a língua pura, a mais culta, a divina e santa língua pura]... eu tenho certeza, Deus meu, que quando eles fossem subindo, subindo, subindo, subindo... e de lá do alto, quando menos percebessem, se espatifariam todos no chão em queda livre, e tudo estaria resolvido, porque eles voltariam ao pó esmigalhados. Sorte a tua, Deus, que não deste asas a estes homens ingloriosos, senão até tu estarias ferrado. Agora, só me resta culpar-te com estas palavras, oh Deus santo... Culpo-te, infelizmente, culpo-te porque sou gente, culpo-te porque foste tu, somente tu, que inventaste essa história de dar a palavra ao homem... com ela, tu o fizeste gente... que fala, que caga... não late, mas mente!
domingo, 30 de janeiro de 2011
Come si fa una tesi?
(Foto: J.Ribeiro)
Come si fa una tesi, perguntou o semioticista italiano Humberto Eco a si próprio quando estava escrevendo o belo livro com esse nome. Um livro que nos faz lembrar de manuais de autoajuda. Mas a semelhança da expressão está de um lado, as diferenças entre os gêneros são quilométricas.
Busquei esse título de Eco porque me vejo em uma encruzilhada. Já já direi as razões que me fizeram escolhê-lo.
Há exatos dois anos, num fim de janeiro, estava eu me perguntando: como se faz uma dissertação? Como viver em um lugar onde não se conhece ninguém? Como se faz pesquisa? E se eu não conseguir sobreviver? E se eu ficar doente, quem vai cuidar de mim? Será que vou dar conta de meus objetivos? Quais eram? Eu suportaria o ar seco e o clima bastante frio? Haveria algum choque cultural que magoasse minha subjetividade? Como encarariam meu eu, minha voz, minha fala, meu jeito de pensar, de agir, de lidar com os outros? E se o dinheiro acabasse? E se eu não tivesse chance de sobreviver? E se minha família precisasse de mim com urgência? E como eu suportaria a saudade de meu povo, minha família?...
Eram muitas as indagações. Por outro lado, todas elas precisavam de respostas, ainda que fossem efêmeras. Mas sempre achei que quando as dúvidas me vinham, de um modo ou de outro, eu precisava respondê-las. E isso já me vazia um certo investigador. Eu precisava de respostas... isso não me fazia desistir. Sempre preferi caminhar com uma resposta pouco satisfatória do que com a dúvida de não saber o que teria ocorrido se eu tivesse ido à busca de resposta.
Hoje dois anos depois da profusão de perguntas, eu já tenho algumas e também abri espaço para tantas outras. De lá pra cá, o tempo me deu oportunidade de aprender mais um pouco da vida e evitar que o medo seja maior que meu sonho. Meu objetivo na época, o que me trouxe aqui, foi desenvolver mais uma parte de um projeto de vida, um projeto que escolhi para me sentir bem. Então, para isso, tinha que escrever uma dissertação de mestrado. E com ajuda de professores e amigos – já que nunca estive só -, acho que estou concluindo uma nova etapa, essa parte do que chamei de projeto de vida. Mas antes de concluí-la, já estava traçando novos objetivos, pensando em novos caminhos a percorrer porque devemos nos movimentar o tempo todo. É assim que vejo a vida: um eterno balanço de bambolê que dança melhor conforme o corpo que lhe serve de balanço.
Portanto, minha encruzilhada não é o limo em que me pego no sofrimento; é o ponto em que me encontro comigo e com meus projetos neste lugar de passagem. É sempre o lugar onde eu preciso olhar para trás e avaliar meu projeto anterior, olhar pra frente e ver quais novos caminhos estão diante dos meus sonhos. É o lugar onde eu posso me sentar para formular novas perguntas, encarar as dúvidas, pensar sobre o que eu escolhi para o tempo seguinte... o tempo que me põe em movimento. Por ora, tenho um novo projeto: fazer meu doutorado. E, por isso, tenho clareza de uma dúvida que vai me acompanhar pelos próximos quatro anos: como se faz uma tese?
terça-feira, 23 de novembro de 2010
A descoberta de si
A descoberta de si
Por Jocenilson RibeiroAo amigo Nagai
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O homem,
a cozinha,
a escola,
a palavra.
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O homem da cozinha
O homem na escola
O homem que cozinha na escola
O homem na escola tentando, cozinhando
O homem tenta decifrar a palavra
O homem, a fome, o saber na palavra
O homem tenta unir o saber ao sabor da palavra.
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O homem e o fê
O fê e o ê
O fê, o ê e o i
O homem e o fei
O homem e o ji
O homem une o ji ao ó
O homem tenta unir o fei e o jó
O homem, feijó
O homem pega o a e o dá
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O homem,
um susto:
o mundo.
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21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
Eu, no mar de um pescador
Eu, no mar de um pescador
Ao amigo Bolongin
Olho o espelho do mar: um pescador sem rede,
e a canoa à deriva cambaleando as ondas.
Tento me ver nos passos que marco na areia:
o tempo passa nas horas que piso, que vivo.
XXX
As nuvens ao alto anunciam a tempestade.
Que venha à força do mar - é bom pra peixe!
Chuviscos de chuvas choramingam sobre mim.
E eu - ali inerte – esperando esta vida aos pingos.
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Tento me ver no pescador, no anzol que há em mim,
mas a vida não passa, vazia, é simplesmente assim.
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Pronto para me fazer de anzol um novo pescador
apenas me vejo andando, um mero sonhador, assim.
Eu sequer percebo que o mar é outro mundo,
Eu sequer percebo que o mar está em mim.
jr