Poesia: Metáforas da voz
A Jucelina SantosOuço vozes, sussurros, sonidos.
Ouço zumbidos no silêncio da maré
Eis o acústico invasor de meus ouvidos
Eis o gemido ofegante de mulher.
Talvez triste fosse o meu semblante.
E de tão triste não pudesse te sentir,
Tua voz doce dir-me-ia num instante:
“Traga-me a flauta, senhor. Venha-me ouvir”.
Mas é metáfora? É volúpia? É miragem?
Sinto tua boca me fazendo enfurecer
Logo penso: É figura de linguagem.
Vejo uma imagem que me faz amanhecer.
Percebo a luz que se completa n’alvorada,
Que se desfaz ao percorrer o longo dia.
Canta-me agora: “sou outrora, sou estrada...
Apaixonada, faço amor com melodia”.
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