terça-feira, 30 de março de 2010
Dourado, o herói com algum caráter
segunda-feira, 8 de março de 2010
"Mulher é desdobrável." - Eu sei.

Dedico este poema à minha mãe, Bernardete
- não só neste dia de todas as mulheres!
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Com licença poética
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Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
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segunda-feira, 1 de março de 2010
Le fabuleux destin d'Amélie Poulain
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Fazia tempo que eu havia assistido ao filme Le fabuleux destin d'Amélie Poulain (diretor: Jean-Pierre Jeunet, 2001). Acho que foi por volta de 2003 quando eu entrava na faculdade. Um professor de teoria da literatura havia comentado com muita empolgação na aula. Assisti ao clássico e fiquei matutando, coisa de matuto mesmo, na época – não passou disso. Porém, ontem voltei a vê-lo... daí entendi por que um colega lhe havia assistido por 20 vezes (exageros?).
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Fiquei pensando na riqueza semiológica da obra. Desde menino, sempre gostei de desvendar segredos por meio de pistas, de textos, de provas, de leituras, de caminhos obscuros... E qual criança não gosta dessa metodologia das descobertas?
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Voltando... O fabuloso destino de Amelie Poulain é realmente fabuloso em muitos aspectos, sobretudo no que tange à arte de criar pistas por meios de diversos signos. A linguagem visual acaba sendo um dos recursos que prendem o espectador do início ao fim da película, tendo em vista que a doce Amelie (Audrey Tautou) sabe dizer quando as palavras não cabem ao momento, à situação; sabe ler quando não há nada verbal que lhe posso ajudar a traduzir o outro, o mundo. E das frases do filme então nem vou falar...
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Ontem mesmo, quando terminei de ler os créditos, este filme levou O Código Da Vince ao escanteio da minha lista. Calma! Não estou pondo as duas obras na mesma altura; mas, tratando-se de filmes ricos semiologicamente, eu havia feito uma pequena relação: Em nome da rosa (Jean-Jaqcques Annoud, 1986), A vida é bela (Roberto Benigni, 1997) e O Código Da Vince (Ron Hovard, 2006).
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Agora a ordem de filmes na categoria riqueza semiológica, para mim, fica assim:
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1) Em nome da rosa
2) Le fabuleux destin d'Amélie Poulain;
3) A vida é bela.
E O Código Da Vince, infelizmente, foi para outros espaços.
E você... qual seria a sua lista?