domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tudo ao mesmo tempo agora

(Música: David Cook)

Queria poder dizer desde aquela tarde tudo o que em ti me faz pensar em mim agora. E quando sinto você por perto, de algum modo, me perco por não te ver mais na multidão. Não sei o que acontece. Queria sentir o teu cheiro mais intenso menos do que sinto o tempo todo sem ter você ao certo agora. Queria estar menos longe quando é você que deveria estar mais perto de mim agora. Você me entende então? Sei que não é fácil compreender aquilo que nem as palavras podem definir. Isso é muito ruim. Deixa a gente sem domínios das coisas, de nós mesmos. Olha para mim quando tento te mirar uma vez agora, do mesmo jeito que olhamos o pôr-do-sol lá atrás do cais do porto naquela tarde que não esqueço nunca. Não é belo o brilho forte quando eles tocam em nós? É assim que vejo teus olhos, embora eles nunca toquem os meus como eu desejo em todo tempo agora, porque se foram faz uns dias. Eu realmente andei pensando que não podíamos ter nos visto. Sei que é bobagem, mas talvez fizesse mais sentido para mim. Queria rasgar as cartas e os poemas, jogar o anel nas profundezas. Quem sabe isso pudesse diminuir um sentimento que é só meu agora? Mas o que adianta isso neste instante, se as decorei e ainda tenho em mente a cor do topázio do anel de ouro branco que miramos na vitrine. Não adianta apagar aquilo que se fez marca em minha vida o tempo todo e tudo ao mesmo tempo agora. Hoje eu queria me tornar alguém bem mais forte e olhar pra ti como alguém que passa por nós em meio à multidão e vai embora. Mas não consigo já que foi você que me encontrou na multidão, me tocou, depois cuidou de ir embora numa tarde de cinema e sol se pondo. Lembra? Ainda me lembro como se fosse realmente neste momento agora, e me sinto perdido desde o tempo daquela tarde na multidão. Queria você e tudo ao mesmo tempo agora que pudesse me trazer você do meio da multidão. Parece que faz mil anos que você me deixou aqui e foi embora, e realmente de sua vida me excluiu e foi embora.

jr

2 comentários:

Pajeu disse...

Nildson morriiiiii!!!!! Que texto lindo, que declaração de amor... minino minino. Como é bom a gente perceber essas coisas né? Que algu´m nos achou no meio da multidão, ou que achamos alguém. Porém atenção, no meio da multidão existem coisas e mais coisas, fraudes e pessoas...
Adoro passar por aki. Assim como quando passo no accrochez eu saio mais inspirado.

Xero rapaz..

Palatus disse...

Ah, pois é, meu caro,morri também com essa frause sua...eu gosto também das Garatujas.Tu sabes.
Um abraço!