poema sem face
A M. Arruda
Noites frias, e o silêncio bem aqui dentro completa-me
um fio de luz perfura esta folha de papel sem textura e tinta
palavras sem nexo, caneta que falha aos dedos trêmulos.
Falta-me a luz do sentido que foge em meia sintaxe,
Encolho-me aqui na falta de ti – inteiro – lutando contra um
poema
– que me esvazia assim longe das noites quentes e de tua
face.
jr
Foto: J. Ribeiro
jr
Foto: J. Ribeiro
4 comentários:
Amigo Nilson, que bom que voltaste ao Palatus e ainda mais com um belo poema como este. Parabéns! Saudades de ti. Um grande abraço.
Oi Lidi, minha amiga... às vezes, dá uma saudade de minha escrita aqui e tendo escrever.. vejo que estou mais seco, menos preparado para escrever, se é que um dia estive. Um bjo
prezado Nilson, também estou voltando a escrever depois de um hiato, faz falta, esse alimento! ainda tenho muito a melhorar, e seus textos ajudam na construção dos meus... abs
Caro Carlos, saudade! Fazia tempo que não vinha no Palatus, e do mesmo modo, não lia bons blogs como o teu. Volte sim a escrever, assim você me incentiva, e vamos nos incentivamos na medida do possível. Tenho certeza que nada do que escrevo seja lá grande coisa, mas só o fato de usar esta atividade como um gesto de entendimento de nossas (inter)subjetividades, já vale muito. Mando meu abraço! Nilson
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