quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Meu repúdio contra Diogo Mainardi, um vejista!

No dia 25 de julho de 2007, o colunista (foto) da revista brasileira Veja n. 2018 publicou o seguinte texto de opinião:

Morremos todos
A posse do ministro da Defesa, na última quarta-feira, foi o espetáculo mais indecoroso da história política brasileira. Lula ria. Nelson Jobim ria. Tarso Genro ria. Guido Mantega ria. Celso Amorim ria. Juniti Saito ria. Marco Aurélio Garcia ria. Por algum motivo, até mesmo o demitido Waldir Pires ria. Lula provavelmente se regozijava por ter se safado, segundo seus cálculos, de mais uma fria. No caso, os 200 mortos da tragédia da TAM. Ele repetiu despudoradamente, com sua risada, o gesto de escárnio feito por Marco Aurélio Garcia em seu gabinete, no Palácio do Planalto.

Que espécie de gente tripudia sobre 200 mortos? Como alguém pode atingir esse grau de pusilanimidade? Se um dos militares presentes naquela sala batesse vigorosamente as botas, Lula e seus ministros com certeza sairiam em disparada, aos gritos, acotovelando-se e pisoteando-se no carpete verde. Eles só sabem cuidar da própria pele e do próprio bolso. Dane-se todo o resto. Ninguém derrubará Lula. O que vai acontecer conosco é muito pior: um progressivo desmoronamento da sociedade. É sempre complicado tentar apontar o momento em que um país se perde irremediavelmente. Mas, se eu fosse apostar, apostaria todas as fichas que ele ocorreu na posse de Nelson Jobim, na quarta-feira passada. Entre uma tirada de bar e outra, Lula profanou os 200 corpos dando a entender que o desastre poderia servir pelo menos para diminuir as filas da ponte aérea. Uma sociedade resiste a um governo corrupto. Ela resiste também a um presidente incapaz. O que elimina qualquer possibilidade de convívio é o triunfo dessa boçalidade predatória que caracteriza Lula e sua gente. Eles cercaram a cidadela e ficaram esperando que nossas reservas de civilidade acabassem. Elas acabaram.


Estamos desarmados e rendidos.O Brasil é um buraco. Nunca fizemos algo que prestasse. Mas até outro dia ainda tínhamos uma vaga idéia de como nos comportar. E era essa vaga idéia que mantinha o país andando. Andando de lado, mas andando. Uma das regras de comportamento que a gente seguia era manter certa dose de compostura diante da dor pela mort
e de alguém. Lula violou essa regra. Depois de violá-la, tripudiou mais uma vez, ensinando aos familiares dos mortos do desastre da TAM que é preciso que a gente tenha momentos de descontração para tornar a vida menos sofrível'. Um dia Lula morrerá. Mas nós já teremos morrido antes dele.”
In. Revista Veja. n. 2018. 25/07/2007. Brasil.
Hoje, após tê-lo recebido de um amigo, escrevi-lhe uma carta, manifestando a minha opinião acerca texto e do autor.
"Caro colega Marcelo,

Depois da leitura de Chauí e agora deste texto. Faço algumas perguntas um tanto idiotas: De quem é a culpa sobre o aquecimento global? De quem é a culpa a respeito da guerra no Iraque? De que é a culpa a respeito da queda das torres gêmeas? De que é a culpa a respeito da prática exacerbada de corrupção brasileira? De que é a culpa a respeito da crise aérea no Brasil? De quem é a culpa a respeito de tantos outros problemas nacionais, internacionais, globais? Ah, ainda tens dúvidas? A culpa, meu amigo, é do Lula! Antes, o mundo era um paraíso. Bastou Deus (ou sabe quem) dar o direito de voto ao nordestino Lula para o caos instaurar-se sobre nós, os inocentes, os pobres anjinhos – o povo.

Antes, não havia nenhum destes problemas. Depois o Diogo Mainardi vai dizer que a Veja - na qual ele “vende seu peixe”, e diga-se de passagem, peixe podre – este veículo midiático “inocente” ficou assim ruim por conta de Lula. Ora pois! Dizer: “Lula ria (...).O Brasil é um buraco. (...) Lula violou essa regra(...) Mas até outro dia ainda tínhamos uma vaga idéia de como nos comportar. E era essa vaga idéia que mantinha o país andando. Andando de lado, mas andando (...)” é ridículo! É claro que o Presidente da República tem lá suas culpas em “cartório”, uma vez que parte de sua equipe é capenga; entretanto um jornalista que se presa não se dá o direito de formar uma opinião tão bem distorcida e vulgarmente tendenciosa.

“Ninguém derrubará Lula”. Lembra –se do que M. Chauí disse? Há todo um projeto para este objetivo.

Lutemos, pois, caro colega, para que com a educação possamos ensinar aos nossos alunos a enxergar além, enxergar os implícitos e salvar-se da mediocridade e da ignorância que por vez mata!

Desculpa-me por me estender tanto!
Um abraço,
Nilson Ribeiro"

3 comentários:

Anônimo disse...

Li um texto que recebi por e-mail de João Ubaldo Ribeiro. Te mando por e-mail. Se ainda não leu, leia.

Anônimo disse...

Tem tudo a ver com seu texto.

Palatus disse...

Oi Fernando, que bom que entrou em contato! Preciso falar contigo. Obrigado pelo texto!
Nilson